Francisco Louçã escreve no ESQUERDA.NET sobre o governo em 2009 a propósito das especulações de Marcelo Rebelo de Sousa.
A posição de Louçã de oposição a um governo PS/BE porque "o Bloco não negoceia coerência", sauda-se e regista-se!
No entanto, há uma passagem no texto de Louçã que pode continuar a ser alvo de especulações:
"Na campanha eleitoral, Sá Fernandes tinha claramente indicado o que considerava ser o programa de urgência para a cidade. Foi eleito por esse programa. Eleito, discutiu as condições da sua aplicação e definiu um acordo com o PS que consagrava total ou parcialmente cada uma dessas condições. Exigiu e assegurou inteira liberdade de voto"
E se em 2009, a direcção do BE resolver proceder da mesma maneira com o PS (partindo do principio que ganhará sem maioria absoluta!!...), tal como Sá Fernandes o fez na Câmara de Lisboa???... Será que não há no texto de Louçã uma porta aberta, desde que esse "SE" se verificar?
Aguarda-se uma resposta!
João Pedro Freire
(a título pessoal)
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4 comentários:
Veremos, no próximo fim de semana, se o professor Marcelo Rebelo de Sousa, o tal cuja manobra contamina a política, confirma, ou não, o teu raciocínio.
Paulo F. Silva
Sá Fernandes, enquanto independente nas listas do Bloco, teve um importante papel na denuncia das negociatas da Câmara de Lisboa. Pode mesmo dizer-se que esteve na genese da queda do executivo. Qual a necessidade de se comprometer agora, na governação da cidade,juntamente com o PS que está no governo, quando podia ter um papel importante a cumprir sem aceitar qualquer pelouro? Esta ´+e a dúvida que assalta tanta gente dentro e fora do BE e que necessita de uma resposta urgente.
Ferreira dos Santos
Paulo,
A resposta que eu peço não é a do Marcelo R Sousa. Dele não espero, não preciso, nem peço respostas! Faz parte dos que eu combato ... mesmo quando se remete ao papel de "analista"!!!
Gostaria é que algum camarada da direcção do BE, se não o próprio Louçã, dissessem alguma coisa ...
Estamos mesmo a precisar de debater para esclarecer no BE!
João Freire
Ferreira dos Santos,
O papel de Sá Fernandes na Câmara de Lisboa foi/é/tem sido importante. Não o nego!
Mas como todo aquele que reduz o seu programa político a questões de luta anti-corrupção, de perspectiva "verde", de busca de moralidades abstractas ... acaba quase sempre por encontrar aliados junto daqueles que, enchendo a boca com as mesmas abstracções, contribuem com as suas políticas para que corrupção, desordenamento, formalidade democrática, sejam realidade "sem solução".
Um socialista não tem a mesma visão de reforma do Estado, de luta anti-corrupção, de política ambiental, de moralidade (!) das e nas finanças ... que tem um político do arco neo-liberal. No qual se incluí o António Costa e a direcção do PS.
Seria bom que a esquerda socialista soubesse produzir programas socialistas de acção autarquica ... talvez alguns contratempos, do tipo Salvaterra de Magos ou alianças lisboetas, fossem evitados. E seria também uam forma de mostrar a muitos militantes do PS aquilo que NOS separa da sua direcção neo-liberal!
João Freirte
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