quarta-feira, 2 de maio de 2007

"Alternativa governamental das esquerdas"

Debaixo do título “Alternativa governamental das esquerdas”, o blogue da Moção A dirige-se, hoje, à Moção D questionando a nossa posição sobre o assunto. Na falta de uma caixa de comentários naquele blogue, a resposta fica aqui.

1. A Moção A incorre num lapso – por certo, involuntário –, já que em lado nenhum do texto da Moção D se encontra a interrogação que nos é atribuída!

2. Ainda assim, e sobre a “alternativa governamental das esquerdas”, reproduz-se a nossa posição (incluída na Tese 4):

Por isso, o Bloco de Esquerda deve promover, de imediato, um longo e profundo debate/fórum político – as Conferências da Esquerda Nova – alargado para além da sua restrita área de influência directa, descomplexado, e que aprofunde exaustivamente os grandes eixos dos problemas nacionais, do qual sejam retiradas grandes linhas orientadoras de soluções políticas. Será possível, deste modo, lançar as bases de uma Esquerda Nova, com ideias inovadoras e arrojadas, mas também credíveis e plausíveis, que possibilitem ao Bloco de Esquerda, a médio/longo prazo, afirmar-se, inquestionavelmente, como uma alternativa real de poder e impedir a repetição da maioria absoluta do PS nas eleições legislativas de 2009.”


P.S.: Se, porventura, a Moção A deseja utilizar os seus posts para "responder"/questionar os posts/textos publicados neste mesmo espaço, fica desde já convidada a utilizar a nossa caixa de comentários...

Um comentário:

Esquerda Comunista disse...

O BLOCO E OS MOVIMENTOS SOCIAIS

Segue-se um "post" deixado a 5 de Dezembro de 2006 na mailing list dos Jovens do BE

http://groups.yahoo.com/group/jovens_be/message/3965

"Olá pessoal!

Como sabem o GRUPO PARLAMENTAR do Bloco está a organizar um Encontro sobre o Ensino Superior, juntando profs e activistas estudantis.

Este encontro pretende ajudar a criar opinião pública contra os cortes orçamentais brutais (não há memória de coisa igual) e denunciar a forma como o processo de Bolonha está a ser aplicado com a consequente desvalorização e elitização do ensino superior.

Pretende-se também que o encontro seja apenas o princípio de um movimento, mais alargado do que o Bloco. Não sabemos exactamente como e contamos com a participação de tod@s para construir uma estratégia colectiva.

Em anexo envio um texto que servirá de pontapé de saída no próprio encontro, que é no dia 15 de Dezembro, sexta-feira, às 17h no auditório da ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.

Abraços,
M."

Tal como diz o post escrito por este nosso camarada, neste ano lectivo foram aplicados "brutais" cortes orçamentais no Ensino e aplicado o processo de Bolonha com a sua consequente "desvalorização e elitização".

E eu até ia mais longe: depois das propinas, Bolonha é a maior ofensiva dirigida contra o ensino público, universal e de qualidade.

Todavia, o que fica por explicar é que 3 meses DEPOIS do início do ano lectivo e desta contra-reforma, sem que um panfleto tivesse sido destribuido à porta de qualquer faculdade, sem uma campanha pública de denúncia e apelo de luta nas escolas, sem que se tentasse mobilizar os estudantes através de plenários e RGAs que discutissem e decidissem formas de luta; 3 MESES DEPOIS, o Bloco organizava num auditório da ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA um "encontro seja apenas o princípio de um movimento"!!!

Ou seja, ao invés dos nossos deputados e acessores se dirigirem às escolas e debaterem, esclarecerem e mobilizarem, 3 MESES DEPOIS, pedia-se às escolas (alunos e professores) que viessem até ao parlamento, pois seria aí e não nas Faculdades que se principiaria um movimento de contestação e de luta!!!

É caso para dizer que se deve tratar de um caso único em toda a esquerda mundial!

A moção A (da direcção) discorre muito pelos temas do "activismo", "redes sociais", "trocas de experiência", "movimentos sociais plurais, não homogéneos, horizontais", etc., etc, blá, blá, blá, blá, blá, blá.

Todavia, na prática, deixando de lado a literatura, esta é a triste realidade que temos: um partido essencialmente parlamentar e institucional.

Saúde e Fraternidade,
Rui Faustino

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