terça-feira, 23 de outubro de 2007

Bloco de Esquerda apenas possui
uma corrente de opinião/tendência


A Esquerda Nova é a única corrente de opinião ou tendência formalmente existente no Bloco de Esquerda. Depois da Mesa Nacional ter aprovado, em Setembro, um Regulamento do Direito de Tendência, a Esquerda Nova foi a única a formalizar, até à data, a sua constituição como corrente de opinião.

Historicamente, o Bloco de Esquerda é formado por militantes e simpatizantes oriundos de várias forças políticas de esquerda – UDP, PSR, Política XXI e FER –, que correspondem a várias sensibilidades existentes no seio do partido. De resto, o Regulamento do Direito de Tendência vem, precisamente, consubstanciar a existência internamente assumida de pensamentos políticos diferentes que podem dar azo a tomadas de posição distintas.

Ao possibilitar o agrupamento de aderentes para a defesa comum de uma plataforma política, o Regulamento do Direito de Tendência torna as relações entre os aderentes do Bloco de Esquerda mais claras e precisas. Foi nesse sentido que a Esquerda Nova – agrupamento de militantes que apresentou, na última Convenção, uma proposta de Moção de Orientação Política, e elegeu membros seus para a Mesa Nacional – se constituiu formalmente como corrente de opinião: para ajudar a tornar a política uma prática ainda mais transparente.

23 de Outubro de 2007.
Esquerda Nova

4 comentários:

OBJECTIVO: SOCIALISMO! disse...

É, de facto, espantoso que só a ESQUERDA NOVA se assuma como corrente de opinião no seio do Bloco, de acordo com o Regulamento do Direito de Tendência aprovado no orgão máximo entre Convenções, a Mesa Nacional.
O que se passa então com a "frente" (!) de correntes/tendências agrupadas na maioritária lista A da última Convenção. Será que o resultado dessa lista, i.e., da maioria, não é corrente nenhuma ou correntes nenhumas? Será que o Regulamento aprovado prevê a existência de "Associações" resultado de ex-partidos ? Então qual é mesmo o enquadramento do ex-PSR e da ex-UDP? O mesmo se pode questionar sobre a Ruptura/FER: onde está a organização da respectiva corrente prometida durante a última Convenção?
O Bloco de Esquerda resultou da convergência de diversos partidos e correntes que souberam aceitar diferenças e percursos político-idelógicos diversos. Será que agora a maioria quer dar a ideia de que o Bloco é mais um partido com pensamento único, igual a tantos outros que vivem encostados ao parlamentarismo ou que se vieram a encostar?
A ESQUERDA NOVA acabou por dar um bom exemplo político a todas e todos os militantes e aderentes do BE: parece que é a corrente que continua a defender um Bloco de Esquerda fiel ao seu projecto fundador!!!

João Pedro Freire

Isabel Faria disse...

Camarada João Pedro, desde o primeiro momento em que o Regulamento foi apresentado na Mesa Nacional, que contestámos a obrigatoriedade de entregar uma lista actualizada dos elementos de cada tendência. Porque, entre outras razões, a consideramos contrária aos Estatutos do Bloco.
Foi outra a interpretação da Comissão de Direitos do Partido.E da maioria da Mesa Nacional.

Assim, coerentemente, optámos por não nos tornarmos Tendência, à luz dum Regulamento que contestamos.

Deixa-me só acrescentar um desabafo: a Ruptura / FER que eu saiba não se apresentou à última convenção.
Houve um conjunto de camaradas entre eles, alguns ligados à FER, que se apresentarm como corente à Convenção, subscrevendo a Moção C.

O termo Desabafo é porque pensava que era só aos nossos camaradas da Maioria que eu tinha que lembrar isto...de todas as vezes que a FER ou a Moção C vêm ao barulho.

OBJECTIVO: SOCIALISMO! disse...

De qualquer modo, camarada Isabel Faria, o funcionamento absolutamente transparente é sempre a forma de podermos assacar aos que não o procuram a responsabilidae da possivel opacidade. É nessa medida que nos preocupamos em que todas as nossas acções sejam absolutamente transparentes e sem secretismos.

Ferreira dos Santos

Isabel Faria disse...

Ferreira dos Santos, eu também procurarei sempre que não haja secretismos.
Mas creio que sabes que quando se cultiva a desconfiança, não podemos pactuar com a desconfiança.
Se dermos 30 nomes, haverá sempre 31 e estaremos a tentar esconder o 31º....se dermos 198...o problema estará no 199º...
Se avisarmos da reunião de Quinta Feira, o problema estará em que seguramente planeamos uma clandestina para Sexta...se publicarmos um documento...seguramente que há um clandestino que não queremos publicar e por aí fora.
Assim, o mais lógico é não abdicarmos de princípios. Não há nenhuma razão lógica para o ponto 1 do regulamento do Direito de Tendência. Para nós é contrário aos estatutos do partido e contra a génese do Bloco. Para além de não ter qualquer ultilidade a não ser o alimentar e satisfazer dessa desconfiança.
Não discuto se há ou não razões para a desconfiança. Da minha parte não a alimentarei. Nem pactuarei com ela.

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