segunda-feira, 16 de julho de 2007

LISBOA: UM AVISO ÀS AVESTRUZES POLÍTICAS ... (*)


(*) O texto que se segue foi publicado no blogue Tribuna Socialista. É mais um contributo para um debate necessário sobre as eleições intercalares para a Câmara de Lisboa. Sobre os resultados finais lisboetas, importa analisar, em tabus, as tendências sociais e políticas que esses resultados revelam.


Abstenção recorde, candidaturas independentes que ultrapassam as de partidos parlamentares, inexistência de uma maioria absoluta, desaparecimento do CDS/PP, maioria das esquerdas (60%) ...


As eleições lisboetas são um aviso sério às avestruzes da nossa política!


A democracia precisa da participação cidadã. A democracia não se esgota nos partidos (da esquerda à direita) que acabam, também eles, por ser um reflexo do estado de participação cidadã nula a que a democracia chegou!


O excesso de parlamentarismo, o excesso de representativismo, o excesso de peso dos lobbies de todas as espécies, a institucionalização do medo como forma de se fazer valer a autoridade, ... , tudo tem influenciado o aumento das abstenções ... votar para quê se depois o voto é subvertido?


É urgente que a democracia volte a contar com a vontade organizada dos cidadãos para além das instituições partidárias : auto-organização, auto-iniciativa!


A Câmara de Lisboa já não terá Carmona como Presidente ... mas o novo Presidente ainda não se definiu muito bem: será ele uma correia-de-transmissão do governo? José Sócrates apareceu com vontade de aproveitar a boleia ...


Um sinal de mudança seria a convergência de vontades e de propostas entre todos aqueles que aceitam cortar com as anteriores presidencias camarárias de direita para a (re)construção da cidade com transparência, com participação, com dinamização do interesse público!


João Pedro Freire

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